Morre Stephen Hawking, o gênio do Universo, aos 76 anos.

Físico britânico, Hawking foi um grande cientista
Por Sulivan Damasceno

Um dos maiores nomes da física moderna e que revolucionou a história ao tentar descobrir a origem do universo, o big bang e a origem dos buracos negros. Stephen Hawking era mundialmente conhecido por viver em uma cadeira de rodas computadorizada, de forma reclusa, sem pode mexer o corpo.

A doença de Hawking foi descoberta ainda aos 21 anos de vida, o físico descobriu que tinha esclerose lateral amiotrófica, doença degerativa que enfraquece os ossos, sendo alertado que teria poucos anos de vida para viver. Apesar da doença Stephen se superou graças ao apoio e por ter se apaixonado por Jane Wild, que viria a ser sua primeira mulher, ao qual chegou a afirmar que ao ficar noivo dela, se sentiu encorajado se casando em 1965.

"Eu poderia viver recluso numa casca de noz e me considerar rei do espaço infinito". A frase de Hamlet, de William Shakespeare, citada por Stephen Hawking em seu best-seller “O Universo Numa Casca de Noz (2001)”, talvez seja uma das melhores metáforas para a vida do físico inglês, morto nesta quarta-feira (14) aos 76 anos por complicações da esclerose lateral amiotrófica, doença degenerativa com a qual conviveu desde a juventude. Segundo informe da família do cientista, ele faleceu em sua casa em Cambridge, no Reino Unido. 

Segundo o Jornal Britânico "The Guardian" a morte do físico foi confirmada pelos filhos de Hawking, Lucy, Robert e Tim, que afirmaram: “Ele foi um grande cientista e um homem extraordinário. Seu legado irá viver por muitos anos. Sua coragem e persistência, além de seu brilhantismo e bom humor, inspiraram pessoas em todo o mundo. (...) Nós vamos sentir sua falta para sempre”, disse eles em comunicado. 

Como pensador, Hawkins conquistou reinados da física por ajudar a entender o universo e o papel dos buracos negros: "Se vi mais longe foi por estar sobre ombros de gigantes", disse ele citando Isaac Newton (1643-1727). Sua genialidade o fizeram se assemelhar ao famoso físico Albert Einstein (1879-1955) ocupando a cadeira que já foi durante muito de Einstein na Universidade na Universidade de Cambridge até 2009 quando se comunicava por meio de um botão, um sintetizador de voz.

Seu primeiro best-seller foi em 1988, intitulado "Uma breve História do Tempo", traduzido em mais de 35 linguas, tendo 10 milhões de cópias vendidas em 20 anos. Na obra em que trata de teorias como a do princípio quântico da incerteza, supercordas e buracos negros, inclui apenas uma única equação matemática: a elegante E = mc², famosa fórmula da equivalência entre matéria e energia de Einstein. Escreveu outros três best-sellers, além de uma série de livros infantis, produzidos com sua filha Lucy Hawking.



Quando o físico desenha a teoria da relatividade de Einstein ou os princípios quânticos de Heisenberg e Schröndinger, um leigo aficionado em física comemora. Hawking usa a metáfora de uma bola de sinuca solta na borda de um lençol esticado para mostrar como se dá a curvatura do espaço-tempo. O lençol é a dimensão espacial e temporal. E a bola de sinuca é um corpo denso, como uma estrela, que perturba essas dimensões. Imagine agora soltar na borda uma bolinha de gude. Ela vai girar no lençol abaulado ao se aproximar da bola de sinuca, como um planeta orbitando seu sol. E se no lugar da bola de sinuca colocássemos uma bola infinitamente densa? Um buraco se formaria, do qual nem matéria nem energia escapariam: um buraco negro.

Em 1985, enfrentou uma pneumonia e teve que se submeter a uma traqueostomia, o que fez com que perdesse a voz. Mudo e quase paralisado, passou a necessitar do auxílio da tecnologia para se comunicar com as poucas partes do corpo que conseguia mexer. Com o software Equalizer, conseguia sintetizar sua voz com o toque dos dedos. A partir de 2005, sem mais contar com os movimentos dos dedos, passa a usar os músculos da bochecha para controlar o sintetizador. Em 2013, a Intel desenvolveu e cedeu a Hawking um aparelho que rastreia o movimento dos olhos do cientista para gerar palavras. A única reclamação do físico, para quem “a vida seria trágica sem diversão”, era a de que "o sintetizador dá um sotaque americano”.

Diversão não faltou na vida de Stephen Hawking, que deixa um legado que entra para a história da física. Além de ter feito seguidores e fãs em todo mundo.

Fonte - The Guardian e Uol
Foto - Uol

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