 |
| Brasil tomou calotes de Moçambique e Venezuela |
Por Sulivan Damasceno
Segundo dados do FGE (Fundo de Garantia de Exportação), este que precisou de um aporte de R$ 1,16 bilhão de recursos de orçamento da união oriundos do seguro desemprego para cobrir calotes que o país tomou em empréstimos dados por Moçambique e Venezuela junto com os bancos brasileiros. Atualmente o fundo é fiador de um total de US$ 18,1 bilhões (R$ 63 bilhões no câmbio do dia 4) em crédito e exportações brasileiras que foram concedidos ao redor do mundo.
O FGE funciona como uma espécie de seguro de governo federal e serve como garantia de empréstimos, principalmente em países concedidos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e outros bancos fomentados ligados a exportações brasileiras. Foi muito usado pelos governos do PT para fomentar a política das empresas chamadas "campeãs nacionais".
Segundo o site UOl, em março o portal divulgou que a Venezuela havia dado calote em uma parcela de cerca de US$ 274 milhões (R$ 965 milhões) que foi vencida em janeiro no quesito de empréstimos tomados pelo país junto com o BNDES e ao CreditSuisse para contratar obras oriundas da Odebrecht. O atraso foi somado junto depois com os de Moçambique que não pagava seus tributos com o Brasil desde o fim do ano passado, e assim o FGE, que garantia os empréstimos teve que ser acionado para cobrir o prejuízo.
O problema é que o FGE também estava sem dinheiro em caixa, mesmo com o BNDES e o Ministério da Fazenda afirmarem que o fundo é superavitario e possui um saldo positivo de cerca de R$ 4,5 bilhões em operações para o orçamento de 2018 quando havia R$ 124,3 milhões separados para cobrir eventuais calotes. A justificativa para o superavit é que, desde quando foi criado, em 1997, o fundo arrecadou US$ 1,3 bilhão em prêmios e desembolsou apenas US$ 58 milhões em indenizações, dos quais US$ 18 milhões foram recuperados. Mas o dinheiro não estava à disposição.
Comentários
Postar um comentário