Deputados receberam doações de empresas, entretanto negam defender o setor
![]() |
| Brumadinho virou um lago de lamas. |
Por Sulivan Damasceno
Uma tropa pequena eleita para a legislatura passada com doações de mineradoras está bastante atuante nos assuntos voltados ao setor. Ao qual estão propondo mudanças em textos que já resultaram em retirada de fiscalização, ocupando cargos chave em comissões e influência o que passa na Câmara.
O principal nome da chamada "Bancada da Lama" e se chama assim por causa do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho (MG) é Leonardo Quintão (MDB-MG), ao qual recebeu em 2014 R$ 2,1 milhões de mineradoras (42% do que arrecadou). Nas eleições de outubro do ano passado, não conseguiu se reeleger, mas mesmo assim conseguiu ser assessor do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
No entanto, nove deputados ativos em temas relacionados a mineração se reelegeram, entre eles estão Paulo Abi-Ackel e Domingos Sávio (ambos do PSDB), os paraenses José Priante (MDM) e Joaquim Passarinho (PSD) e os capixabas Evair Vieira de Melo (PP) e Sergio Vidigal (PDT). Uma medida provisória aprovada em 2017, que criou a Agência Nacional de Mineração (ANM), acabou derrubando uma taxa de fiscalização que ia viabilizar vistorias presenciais em prol da segurança de minas e de barragens.
Apesar das medidas e tudo que se foi feito para buscar melhorar a situação atual do local, uma nova tragédia ainda maior que Mariana (2015) se avolumou no início de 2019. Uma falha e um descaso do rompimento da Vale ceifou a vida de muitas pessoas, sem contar os desparecidos até então.
Fonte - Folha de S.Paulo
Foto - Gooble (Imagens)

Comentários
Postar um comentário