25 anos sem Ayrton Senna, maior piloto de todos os tempos encerraria seu ciclo na categoria de forma trágica na curva Tamburello em Imola

Um fim de semana marcado por rodadas, acidentes graves e duas fatalidades. Uma lembrança sombria e a perda do ídolo do esporte brasileiro

Senna a bordo do revolucionário FW16, carro que Senna sonhou correr e o sonho durou apenas três corridas.

MEMÓRIA DO ESPORTE

Por Sulivan Damasceno

O ano de 1994, foi um marco na categoria máxima do automobilismo mundial, duas mortes, acidentes graves, um regulamento que foi um verdadeira "arma" contra os pilotos da época. Naquele fatídico ano, o mundo da F1 perdia sua estrela maior e maior piloto, Ayrton Senna, deixando milhões de torcedores, principalmente brasileiros órfãos.

Após uma carreira de sucesso na equipe McLaren, Senna realiza seu sonho e embarca na "Williams de outro planeta" como o brasileiro descreveu antes de se transferir para o time em 94. No entanto, o regulamento foi mudado de forma drástica, foi tirada a suspensão eletrônica, o controle de tração, o freio ABS, diminuiu o tamanho do aerofólio e dos pneus, mas os motores continuaram potentes e a Williams foi a equipe que mais sofreu com as mudanças.

Senna ficou todo tempo assim, abalado e pensativo num ano difícil para o brasileiro.

Senna recebeu da Williams um carro instável e difícil de pilotar, o cockpit estava muito apertado e as mãos do brasileiro batiam na fibra de carbono do carro. Na primeira corrida no Brasil, Interlagos, Senna roda ao tentar chegar em Schumacher, na segunda prova no Pacífico, Japão, Mika Hakkinen toca em Senna e o tira da pista.

Na terceira corrida, Senna viu o acidente gravíssimo de Rubens Barrichello, o jovem piloto se recuperou. No sábado, Roland Ratzenberger morreria na Villeneuve. 

Na corrida, a Williams fez as modificações no carro, e aumentaram o tamanho da coluna de direção para dar mais conforto a Senna, mas foi apenas um remendo que seria depois fatal. Senna tinha a pole, na largada manteve a liderança com Shumacher logo atrás. Mas o carro de segurança é acionado devido a batida de Pedro Lamy e J.J. Letho

Acidente fatal de Senna, após o pancada na mureta, o Williams do brasileiro voltou para a pista e depois parou.

Na relagarda, Senna e Shumacher abriram sobre os demais e o alemão seguia colado em Ayrton. Na sétima volta, Senna passa reto a 230 km/h e se espatifa na Tamburello, a causa mais provável do acidente foi a ruptura da barra de direção.

A pancada foi tão violenta, que o carro #2 ainda chegou a voltar para pista antes de parar de forma definitiva. A batida do Williams foi no ângulo exato para que um braço da suspensão perfurasse a viseira e atingisse a tempora, causando fratura maciça no cérebro.

No detalhe você que circulado aparece a coluna de direção quebrada do carro, isso é a causa mais plausível do Williams ter se desgovernado.

Senna foi levado ao hospital, mas morreu poucas horas depois. A morte do piloto causou comoção nacional, e repercutiu em todo o mundo.

Patrick Head, Adrian Newey (estes últimos que projetaram o carro) e o dono Frank Williams foram processados, mas não foram presos.

O carro de Senna ficou totalmente destruído após a batida e uma poça de sangue foi feita no asfalto.

O enterro de Senna parou o país, que chorou como nunca a morte do "herói das pistas". Um cortejo foi feito para o caminhão de bombeiros que levava o caixão aonde estava o corpo do piloto brasileiro.

Carregando o caixão do brasileiro, os principais pilotos e ex que correram na F1.

As investigações sobre o acidente de Senna remetem ao fato de que foi o caso mais investigado da história do esporte. O carro que matou o piloto brasileiro, ficou preso pelo justiça italiana e quando foi devolvido a Williams, a equipe decide destruir o monoposto, devolvendo o motor para a Renault e destruído o capacete que Senna usou naquele acidente.

Testemunhas que viram o corpo de Senna afirmaram que sua cabeça estava arrebentada. Segundo o renomado jornalista Lívio Orichio, que cobre a F1 desde o tempo de Senna e atualmente trabalha no site "Globo Esporte", a cabeça do brasileiro parecia uma bola de basquete.

As lições tiradas do acidente de Ayrton, mudaram para sempre a F1, que nos dias de hoje, tem salvado muitas vidas. Desde 1994, a Fórmula 1 não teve mais acidentes fatais, exceto em 2014, quando o piloto francês Jullis Bianchi passou embaixo do trator com sua Marussia, morreu seis meses depois.

FOTOS - Arquivos da Memory

Fonte - Sulivan Damasceno