Morreu o ex-ministro Delfim Neto aos 96 anos

 

Ex-ministro Delfim Neto tinha 96 anos (Reprodução)

Ex-político estava internado em São Paulo desde segunda, 5 


SULIVAN DAMASCENO 

Morreu aos 96 anos o ex-ministro Delfim Neto nesta segunda, 12. Delfim estava internado desde a última segunda, 5, no Hospital Albert Einstein,  em São Paulo após complicações no seu quadro.

O ex-ministro deixa a esposa, Gervásia Diório, a filha Fabiana Delfim e o neto RafaelDelfim nasceu no bairro do Cambuci, em São Paulo e é descendente de italianos.

Fez parte da terceira turma de Estudadas da Economia da Universidade de São Paulo (USP). Começou como auxiliar de escritório na indústria Gessy no Brasil e ainda quando era estudante trabalhou no Departamento de Estradas e Rodagem no estado de São Paulo.

Foi eleito 5 vezes de forma consecutiva como deputado e foi professor universitário na USP nas faculdades de Administração, Economia e Contabilidade

‌Foi ministro da Fazenda dos governos militares de Costa e Silva (1967-1969) e Médici (1969-1973), e ministro da Agricultura do governo Figueiredo (1979-1984). Nessa gestão, também atuou como secretário do Planejamento e controlou o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central.

Integrou ainda o Conselho Consultivo de Planejamento do governo Castelo Branco (1964-1967). Sua gestão no Ministério da Fazenda foi marcada por um período de desenvolvimento econômico internacional, com facilidade de empréstimos. O período ficou conhecido no Brasil como os anos do “milagre econômico”.

‌Entre 1968 e 1973, o país vivenciou um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de em média 11%, queda da inflação e aumento do poder aquisitivo do empresariado e da classe média. Porém, após esse momento, a inflação voltou com força total, a dívida externa triplicou entre 1967 e 1972 e a concentração de renda se agravou, com claro prejuízo aos brasileiros mais pobres.

‌Em 1986, elegeu-se deputado pelo PDS. E, logo em seguida, em 1987, participou da Assembleia Nacional Constituinte. Foi reeleito deputado federal em 1990 e 1994 pelo PPR. No fim da vida, escreveu sobre política e economia para diversos veículos de comunicação do país, como Folha de S. Paulo e revista Carta Cap


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